quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tradução do Sutra de Lotus - Capítulo Juryo (A revelação da vida eterna do buda)



Capítulo Juryo
A revelação da vida eterna do buda
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A "revelação da vida eterna do buda"
explica a eternidade da vida, e a extensão da vida do buda. é a essência do budismo pois fala da eternidade da vida, explica o porquê da existência humana. é também o relato da vida de Sakyamuni que veio como buda provisório nesta existência para atingir a iluminação e mostrar às pessoas que cada uma também pode atingir a iluminação.
Uma grande epopéia da eternidade da vida.




Ni-ji-butsu-go. Sho-bo-satsu-gyu. I-sai-dai-shu. Sho-zen-nan-shi.Nyo-to-to-shin-gue. Nyo-rai-jo-tai-shi-go. Bu-go-dai-shu. Nyo-to-to-shin-gue. Nyo-rai-jo-tai-shi-go. U-bu-go. Sho-dai-shu. Nyo-to-to-shin-gue. Nyo-rai-jo-tai-shi-go. Ze-ji-bo-satsu-daí-shu. Mi-roku-i-shu. Ga-sho-byaku-butsu-gon. Se-son. Yui-gan-se-shi. Ga-to-to-shin-ju-butsu-go. Nyo-ze-san-byaku-i. Bu-gon. Yui-gan-se-shi. Ga-to-to-shin-ju-butsu-go. Ni-ji-se-son. Ti-sho-bo-satsu. San-sho-fu-shi. Ni-go-shi-gon.Nyo-to-tai-tyo. Nyo-rai-ri-mitsu.Jin-zu-shi-riki.
Nesse momento, o Buda dirigiu-se aos bodhisattvas e à grande assembléia: "Homens de fé devota, creiam e compreendam as palavras verdadeiras do Buda." E uma vez mais disse à grande assembléia:" Creiam e compreendam as palavras verdadeiras do Buda." E novamente dirigiu-se à assembléia: "Creiam e compreendam as palavras verdadeiras do Buda."
Nesse momento, os bodhisattvas e a grande assembléia, tendo Miroku como líder, uniram as palmas das mãos e dirigiram-se ao Buda dizendo: "Venerável, suplicamo-lhe que nos explique. Acreditaremos e aceitaremos as palavras do Buda. "Eles repetiram essa frase três vezes e então fizeram pela quarta vez: "Suplicamos-lhe que nos explique. Acreditaremos e aceitaremos as palavras do Buda." Nesse momento, o Buda, vendo que os bodhisattvas repetiram sua súplica por mais de três vezes e que não iriam parar, diz-lhes o seguinte: "Ouçam atentamente sobre o segredo do Buda e seus poderes místicos.



Cada dia reafirmamos nosso juramento de propagar a Lei Mística.
Capítulo Juryo – a base dos ensinos do Buda. O capítulo começa com a frase "Nesse momento..." O capítulo Hoben também começa dessa forma. Porém, no capítulo Juryo, essa frase carrega um significado ainda maior. Basicamente, refere-se ao "momento" em que o Buda finalmente está para expor a Lei fundamental do ensino essencial. Em outras palavras, chegou o"tempo" em que as pessoas podem erradicar de suas vidas a escuridão fundamental – a fonte da ilusão que até mesmo os bodhisattvas mais desenvolvidos como Miroku não conseguiam superar facilmente. Além disso, a expressão "nesse momento" do capítulo Juryo indica o tempo posterior ao falecimento de Sakyamuni. E é em benefício das pessoas que viveriam após o falecimento do Buda que Miroku suplica a Sakyamuni que lhe exponha seu ensino.
"O segredo do Buda e seus poderes místicos" indicam o grande poder benéfico do Gohonzon. Nam-myoho-rengue-kyo é a identidade original de todos os budas.




I-sai-se-ken.ten-nin-gyu.A-shu-ra. Kai-i-kon-shaka-muni-butsu.  Shu-shaku-shi-gu. Ko-ga-ya-jo. Fu-on. Za-o-do-jo. Toku-a-noku-ta-ra-san-myaku-san-bo-dai. Nen-zen-nan-shi. Ga-jitsu-jo-butsu-i-rai. Muryo-mu-hen. Hyaku-sen-man-noku. Na-yu-ta-ko.
Todos os seres dos mundos de Alegria, Tranqüilidade e também de Ira acreditam que o Buda Sakyamuni, após deixar o palácio dos Sakyas, sentou-se no local da meditação não muito distante da cidade de Gaya e ali atingiu a suprema e perfeita iluminação. No entanto, homens de fé devota, já se passaram infindáveis centenas de milhares de nayutas de kalpas.


Sakyamuni declara que na realidade atingiu a iluminação no remoto passado, no tempo de Gohyaku-jintengo. Isto constitui a essência da revelação do capítulo Juryo ( Revelação da Vida Eterna do Buda ). Sakyamuni clama à infindável multidão de seres reunidos na Cerimônia do Ar:"Todos pensam que, após eu ter deixado o palácio e renunciado ao mundo aos dezenove anos, atingi a suprema iluminação pela primeira vez aos trinta anos na cidade de Gaya sob a árvore bodhi". As pessoas acreditavam que Sakyamuni havia atingido o estado de Buda pela primeira vez na presente existência. Essa idéia de sua iluminação é chamada "percepção inicial da iluminação". Elas assim acreditavam porque em todos os sutras anteriores e no ensino teórico ( primeira metade ) do Sutra de Lótus, Sakyamuni declarou que ele havia atingido o estado de Buda pela primeira vez em sua presente existência. Porém, no capítulo Juryo, ele refuta essa idéia – que ele próprio havia apresentado – e proclama: "Já se passaram infindáveis centenas de milhares de nayutas de kalpas desde que na realidade atingi o estado de Buda." Em outras palavras, ele revela que se tornou Buda no passado inconcebivelmente remoto. Isto é chamado"iluminação original no remoto passado". Sakyamuni descarta portanto sua condição provisória como um buda que apenas atingiu o Caminho em sua presente existência, e revela sua verdadeira identidade como o Buda que atingiu a iluminação no remoto passado. A isto chamamos "rejeitar o transitório e revelar o verdadeiro"(hossaku kempon).




Hi-nyo-go-hyaku. Na-yu-ta. A-so-gui. San-zen-dai-sen-kai- Ke-shi-u-nin. Ma-ti-mi-jin. Ka-o-to-bo. Go-hyaku-sen-man-noku. Na-yu-ta. Aso-gui-koku.Nai-gue-iti-jin.Nyo-ze-to-gyo. Jin-ze-mi-jin. Sho-zen-nan-shi. O-i-un-ga. Ze-sho-se-kai. Ka-toku-shi-yui. Kyo-ke-ti-go.shu-fu. Mi-roku-bo-sa-to. ku-byaku-butsu-gon. Se-son.Ze-sho-se-kai. mu-ryo-mu-hen. Hi-san-ju-sho-ti. Yaku-hi-shin-riki-sho-gyu. I-sai-sho-mon. Hyaku-shi-butsu. I-mu-ro-ti. Fu-no-shi-yui. Ti-go-guen-shu. Ga-to-ju. A-yui-o-ti-ji.O-ze-ji-tyu. Yaku-sho-fu-das-se-son. Nyo-ze-sho-se-kai. Mu-ryo-mu-hen.
Suponhamos que uma pessoa possa reduzir quinhentos quatrilhões de nayuta asamkhya de grandes mundos em partículas de pó. Então, movendo-se para o Leste cada vez que passa por quinhentos quatrilhões de nayuta asamkhya de países deixa cair uma partícula de pó. Essa pessoa continua rumando para o Leste até derrubar todas as partículas de pó. Homens de fé devota, qual é a sua opinião? Será que o total de todos esses países pelos quais ela passou pode ser imaginado ou calculado?
O bodhisattva Miroku e os demais disseram ao Buda: "Venerável, esses países são tão imensuráveis e infinitos que ninguém pode calcular quantos são, tampouco a mente tem capacidade para abarcá-los. Nem mesmo todos os homens de Erudição e Absorção com sua sabedoria livre da ilusão poderiam imaginar ou calcular esse número. Embora estejamos no estágio de avivartika, não podemos compreender esta questão. Venerável, só podemos dizer que esses países são imensuráveis e infinitos.


Nesta passagem, Sakyamuni emprega uma analogia para indicar há quanto tempo ele atingira o estado de Buda. O período de tempo que ele descreve desta forma é chamado gohyaku-jintengo, que literalmente significa "quinhentos kalpas em partículas de pó."
Ele cita inicialmente os "quinhentos quatrilhões de nayuta asamkhya de grandes mundos".
Além de ser uma quantidade gigantesca, nayuta e asamkhya referem-se a números incalculavelmente elevados. Um número infinito multiplicado por um outro infinito resulta em um produto impossível de ser calculado.
Na antiga cosmologia indiana um "mundo" corresponde ao universo inteiro. Mesmo um único mundo equivale a um espaço imenso com um sol e uma lua, tendo como centro o "Monte Sumeru, que se eleva a uma altura inimaginável. Um "grande mundo" consiste de um bilhão de mundos como esse.
No capítulo juryo, entretanto, Sakyamuni fala de "quinhentos quatrilhões de nayuta asamkhya de grandes mundos". Isto indica um número de mundos tão impressionante que supera inclusive a magnitude do cosmos tal como o conhecemos.

O Bodhisattva Miroku, que no capítulo Juryo representa toda a assembléia, diz a Sakyamuni:"Venerável, esses países são tão imensuráveis e infinitos que ninguém pode calcular quantos são, tampouco a mente tem a capacidade para abarcá-los. "A frase "tampouco a mente tem capacidade para abarcá-los" indica que a compreensão está até mesmo além da sabedoria dos homens de Erudição e Absorção que haviam extinguido os desejos mundanos, e além do estado de vida dos grandes bodhisattvas que atingiram o estágio de não-retrocesso na fé. Essa compreensão, na realidade, não se refere à capacidade de avaliar a magnitude do número ou da extensão do tempo, mas sim ao nível do estado de vida.





Ni-ji-butsu-go. Daí-bo-as-shu. Sho-zen-nan-shi. Kon-to-fun-myo. Sem-go-nyo-to.Ze sho-se-kai. Nyaku-jaku-mi-jin. Gyu-fu-jaku-sha. Jin-ni-i-jin. Iti-jin-i-ko.ga-jo-butsu-i-rai. Bu-ka-o-shi. Hyaku-sem-man-noku. Na-yu-ta. A-so-gui-ko.
Nesse momento, o Buda dirigiu-se à multidão de grandes bodhisattvas: "Agora, homens de fé devota, eu lhes digo claramente. Suponhamos que todos esses mundos, tendo recebido ou não uma partícula de pó, sejam uma vez mais reduzidos a pó. Digamos que cada partícula represente um kalpa. O tempo transcorrido desde que eu na realidade atingi a iluminação supera esse número em cem quatrilhões de nayuta asamkhya de kalpas."


Nesse trecho, dizendo que irá fazer uma clara proclamação, Sakyamuni revela o remoto passado de gohyaku –jintengo.
Primeiro, ele pede que considerem todos os mundos percorridos que receberam ou não uma partícula de pó e que os reduzam novamente a pó.
A seguir, ele converte esse número infinito de partículas em tempo, declarando: "Digamos que cada partícula represente uma kalpa." Uma kalpa é um período extremamente longo.
Por fim, Sakyamuni revela que atingiu a iluminação no passado de "cem quatrilhões de nayuta asamkhya de kalpas" mais distante que esse número imensurável de kalpas. Esse período é gohyaku-jintengo.
Gohyaku-jintengo indica um ponto no passado inconcebivelmente remoto. Ainda assim, a duração que ele representa parece-nos limitada. Isso porque, como gohyaku-jintengo refere-se ao ponto no tempo em que Sakyamuni tornou-se Buda, ele indica um período com início definido.

Contudo, em sua essência, a iluminação de Sakyamuni é "sem início". O propósito de Sakyamuni em explicar o gohyaku-jintengo era refutar a visão sobre a sua iluminação, segundo a qual ele havia atingido o estado de Buda em um certo momento da presente existência.





Ji-ju-ze-rai. Ga-jo-zai-shi. Sha-ba-se-kai. Se-po-kyo-ke. Yaku-o-yo-sho. Hyaku-sen-man-noku. Na-yu-ta. A-so-gui-koku. Do-ri-shu-jo.
Desde então, tenho estado sempre neste mundo saha, pregando e ensinando a Lei. E onde quer que esteja tenho conduzido e beneficiado as pessoas de quinhentos quatrilhões de nayuta asamkhya de mundos.


Sakyamuni afirma logo no início que desde que atingiu o estado de Buda no remoto passado de gohyaku-jintengo, ele sempre veio pregando e ensinando a lei e instruindo as pessoas neste mundo saha. Em essência, ele afirma que o mundo saha é a terra pura onde o Buda do remoto passado habita eternamente. Esta é realmente uma revelação de imenso significado. De acordo com o segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, "neste ponto, Sakyamuni mudou completamente o pensamento budista".
Este mundo saha é a verdadeira terra onde o Buda realiza infinitas atividades e conduz todas as pessoas a felicidade. Em conformidade, se procuramos uma terra pura fora deste mundo saha, então estamos buscando uma terra efêmera fora da verdadeira terra. Em outras palavras, nossos esforços são em vão; como se estivéssemos perseguindo uma sombra ou uma imagem.





Sho-zen-nan-shi.o-ze-tyu-guen. Ga-setsu-nen-to-bu-to. U-bu-gon-go. Nyu-o-ne-han. Nyo-ze-kai-i. Ho-bem-fun-betsu. Sho-zen-nan-shi. Nyaku-u-shu-jo. Rai-shi-ga-sho. Ga-i-butsu-guen. Kan-go-shin-to. Sho-kon-ri-don. Zui-sho-o-do. Sho-sho-ji-setsu. Myo-ji-fu.do. Nen-ki-dai-sho. Yaku-bu-guen-gon. To-nyu-ne-han. Ui-shu-ju-ho-bem. Setsu-mi-myo-ho. No-ryo-shu-jo. Ho-kan-gui-shin.

Homens de fé devota, durante aquele tempo ensinei sobre o Buda Nento e outros, e descrevi como eles entraram no nirvana. Utilizei tudo isso como um meio para estabelecer distinções.

Homens de fé devota, quando as pessoas vêm ao meu encontro, emprego a visão do Buda para observar a sua fé e ver se as suas demais capacidades são aguçadas ou morosas e então, dependendo da receptividade delas, apareço em diferentes mundos e prego meus ensinos com diferentes nomes e descrevo a duração de tempo durante o qual meus ensinos permanecerão válidos. Em algumas ocasiões, quando faço o meu advento, digo a elas que estou para entrar no nirvana, e também emprego diferentes meios para ensinar a maravilhosa e mística a Lei, alegrando seus corações.


No trecho anterior a este, Sakyamuni explicou que sempre esteve presente neste mundo saha empenhando-se continuamente para conduzir as pessoas à iluminação. Já neste trecho, ele esclarece que as suas explanações sobre o surgimento dos budas do passado e de sua entrada no nirvana eram simplesmente meios para conduzir as pessoas; e que esses budas do passado eram personificações que ele, Sakyamuni, como o Buda que atingiu a iluminação no remoto passado, havia manifestado.




Sho-zen-nan-shi. Nyo-rai-ken-shu-jo. Gyo-o-sho-bo. Toku-há-ku-ja-sha. I-ze-nin-setsu. Ga-sho-shu-ke. Toku-a-noku-ta-ra-san-myaku-san-bo-dai. Nen-ga-jitsu. jo-butsu-i-rai.ku-on-nyaku-shi. Tan-ni-ho-ben. Kyo-ke-shu-jo. Ryo-nyu-butsu-do. As-nyo-ze-setsu.
Homens de fé devota, eu, o Buda, observei que há muitas pessoas que se contentam com ensinos inferiores, que são pobres de virtudes e cheias de desejos mundanos. A elas ensinei que em minha juventude entrei para o sacerdócio e mais tarde atingi o anuttara  - samyak - sambodhi (iluminação).
Mas, na verdade, a época em que atingi a iluminação é extremamente remota, conforme já disse a vocês. Este é simplesmente um meio que emprego para ensinar e converter as pessoas, e fazer com que sigam o caminho do Buda. Esta é a razão porque falo dessa maneira.



A batalha espiritual do Buda que prega a eternidade da vida.

A vida daqueles que avançam rumo a grandes ideais e dedicam-se ao contínuo auto-aprimoramento é sempre permeada com esperança, realização e inspiração. Essas pessoas um brilho que emana de seu interior e um fascínio indescritível.
O Sutra de Lótus é uma escritura que encoraja as pessoas a seguirem ao longo do caminho de contínuos avanços. "Objetive atingir o grande estado de vida do Buda", "Desenvolva o infinito universo em seu coração!" O Sutra de Lótus expõe esse supremo caminho.
Para ensinar o Sutra de Lótus, o Buda apresentou primeiro vários ensinos como um meio para conduzir as pessoas. Aquelas "que se contentam com ensinos inferiores" (gyo-o-sho-bo) indicam pessoas , de forma geral, que se apegam a um sistema de valores ou senso de propósito de vida inferiores; e que, como resultado, não aspiram atingir o grandioso estado de vida do Buda.

"Pobres de virtudes e cheias de desejos mundanos" ( Toku-ha-ku-ja-sha ) significa que essas pessoas acumularam poucas causas para atingirem o estado de Buda, e que suas vidas são corrompidas pelos desejos mundanos, tais como a avareza , a ira, a estupidez, a arrogância, a dúvida, os pensamentos errôneos e a inveja.

Todos os ensinos do Buda são verdadeiros





Sho-zen-nan-shi.   Nyo-rai-en-kyo-den. Kai-i-do-da-shu-jo. Waku-se-ko-shin. Waku-se-ta-shin. Waku-ji-ko-jin. Waku-ji-ta-shin. Waku-ji-ko-ji.Waku-ji-ta-ji. Sho-sho-gon-setsu. Kai-jitsu-fu-ko.
Homens de fé devota, todos os Sutras expostos pelo Buda têm como propósito salvar e iluminar as pessoas. Algumas vezes falo de mim mesmo, outras vezes falo dos outros; algumas vezes revelo a mim mesmo, outras vezes revelo os outros; algumas vezes mostro meus próprios atos, outras vezes, os atos dos outros. Tudo o que ensino é verdadeiro, nada é falso.


Todos os sutras anteriores ao Sutra de Lótus expostos por Sakyamuni eram para conduzir as pessoas à iluminação. Aqui, Sakyamuni enfatiza que esses ensinos, quando expostos de diferentes pontos de vista, representam a verdade; que nenhum deles é falso.




Sho-i-sha-ga.   Nyo-rai-nyo-ji-ti-ken. San-gai-shi-so. Um-u-sho-ji. Nyaku-tai-nyaku-shutsu. Yaku-um-zai-se. Gyu-metsu-do-sha. Hi-jitsu-hi-ko. Hi-nyo-hi-i-.Fu-nyo-san-gai. Ken-no-san-gai.Nyo-shi-shi-ji. Nyo-rai-myo-ken. Mu-u-sha-ku-myo.
Por que faço isso? A razão é que o Buda vê o verdadeiro aspecto do mundo tríplice exatamente como ele é. Não há fluxo nem refluxo de nascimento e morte, nem existência neste mundo e extinção depois. Ele não é substancial nem vazio, não é consistente nem diverso. Não é o que aqueles que habitam o mundo tríplice pensam que seja. Tudo isso o Buda vê claramente, totalmente livre de erros.


O Buda vê o mundo exatamente como ele é
Nesta passagem, Sakyamuni esclarece a extraordinária perspectiva do Buda sobre a vida que, pode-se dizer, representa a essência do Budismo. Este Sutra, em outras palavras, detém a chave para elevar o estado de vida de toda a humanidade.
Provavelmente, não há para os seres humanos uma questão tão íntima e ao mesmo tempo tão distante e misteriosa como o nascimento e a morte. Tenho certeza de que o capítulo Juryo do Sutra de Lótus oferece a solução mais fundamental e convincente para este enigma. E essa passagem, por sua vez, contém uma parte importante dessa solução.




I-sho-shu-jo. U-shu-ju-sho. Shu-ju-gyo. Shu-ju-oku-so. Fun-be-ko. Yoku-ryo-sho-sho-zen-gon. I-nya-kan-in-nen. Hi-yu-gon-ji.Shu-ju-se-po. Sho-as-butsu-ji. Mi-zo-zan-pai.

As pessoas possuem naturezas, desejos, comportamentos, pensamentos e julgamentos diferentes. Por essa razão emprego diferentes ensinos, várias parábolas e histórias sobre relações causais para possibilitá-las a criarem boas causas. Esta prática, própria de um Buda, eu a tenho realizado ininterruptamente, sem nunca negligenciá-la por um momento sequer.


A promessa do Buda de conduzir todas as pessoas à iluminação.
Essa passagem esclarece a sabedoria do Buda para beneficiar as pessoas. Refere-se `promessa benevolente do Buda de não permitir que uma única pessoa seja esquecida ou excluída.
A sabedoria do Buda que vê o verdadeiro aspecto do mundo tríplice exatamente como ele é constitui a "visão da benevolência", que preza afetuosamente todas as pessoas sem discriminação. É também a "visão da democracia", que respeita a individualidade de cada pessoa.





Nyo-ze. Ga-jo-butsu-i-rai. Jin-daí-ku-on. Ju-myo-um-ryo.A-so-gui-ko. Jo-ju-fu-metsu. Sho-zen-nan-shi. Ga-hongyo-bo-satsu-do. Sho-jo-ju-myo. Kon-yu-mi-jin. Bu-bai-jo-shu.
Desta forma, desde que atingi a iluminação, um período de tempo extremamente longo se passou. A extensão da minha vida é de infindáveis asamkhya de kalpas, e durante esse tempo sempre estive aqui sem ter entrado em extinção. Homens de fé devota, uma vez eu também realizei a prática de bodhisattva, e a vida que eu alcancei ainda perdura sem se exaurir. Ela durará ainda duas vezes o tempo de gohyaku jintengo.


O texto, dessa parte em diante, está basicamente voltado para o futuro.
A julgar pela aparência, o capítulo Juryo (Revelação da vida eterna do Buda) pode parecer um esclarecimento sobre o remoto passado de Gohyaku Jintengo. Na realidade, entretanto, o verdadeiro propósito desse capítulo está voltado para o futuro.
Nitiren Daishonin diz que embora tenhamos a impressão de o Buda estar expondo os eventos do passado, quando examinamos esta passagem, podemos perceber que, na realidade, ele está se referindo especialmente ao período após seu falecimento. Ele está explicando eventos do passado como um precedente.





Nen-kon-hi-jitsu-metsu-do. Ni-ben-sho-gon. To-shu-metsu-do. Nyo-rai-i-ze-ho-ben. Kyo-ke-shu-jo. Sho-i-sha-ga. Nyaku-bu-ku-ju-o-se. Haku-toku-shi-nin. Fu-shu-zen-gon. Bin-gu-gue-sem. Ton-jaku-go-yoku. Nyu-o-oku-so. Mo-ken-mo-tyu. Nya-ken-nyo-rai. Jo-zai-fu-metsu. Ben-ki-kyo-shi. Ni-e-en-daí. Fu-no-sho-o. Nan-zo-shi-so. Ku-gyo-shi-shin.

Embora na realidade jamais entre em extinção, prenuncio minha própria morte. Esse é um meio hábil empregado pelo Buda para ensinar e converter as pessoas.

Porque faço isso? Porque se o Buda permanece no mundo por um longo tempo, as pessoas de poucas virtudes não conseguirão acumular boas causas, por viverem na pobreza e na miséria irão se apegar aos cinco desejos e cairão nas armadilhas dos pensamentos ilusórios. Se vêem que o Buda sempre se encontra neste mundo e que nunca entra em extinção, agirão com arrogância e egoísmo, ficarão desencorajados ou se tornarão negligentes. Não conseguirão compreender o quanto é difícil encontrar o Buda e não irão se aproximar dele com respeito e reverência.



O ato de Sakyamuni entrar no Nirvana foi um meio por ele empregado para conduzir as pessoas ao supremo estado de vida, o estado de Buda. O ensino do capítulo Juryo (Revelação da Vida Eterna do Buda) é a cristalização da luta espiritual de Sakyamuni para gravar a sabedoria e a benevolência do Buda na vida de seus discípulos e fazê-los avançar pelo mesmo caminho que ele.





Ze-ko-nyo-rai.I-ho-ben-setsu. Bi-ku-to-ti.Sho-bu-shu-se. Nan-ka-ti-gu. Sho-i-sha-ga. Sho-haku-toku-nin. Ka-um-ryo. Hyaku-sen-man-no-ko. Waku-u-ken-butsu. Waku-fu-ken-sha.I-shi-ji-ko. Ga-sa-ze-gon.Sho-bi-ku. Nyo-rai-nan-ka-to-ken. Shi-shu-jo-to. Mon-nyo-ze-go. Hi-to-sho-o. Nan-zo-shi-so. Shin-nen-ren-bo. Katsu-go-o-butsu. Ben-shu-zen-gon. Ze-ko-nyo-rai. Sui-fu-jitsu-metsu. Ni-gon-metsu-do. U-zen-nan-shi. Sho-butsu-nyo-rai. I-do-shu-jo. Kai-jitsu-fu-ko.

Então, como um meio hábil, o Buda diz: "Monges, devem saber que é muito raro viver na mesma época em que o Buda aparece no mundo". Qual é a razão disso? Porque mesmo decorrido um tempo inimaginável de cem, mil, dez mil, cem mil kalpas entre as pessoas de poucas virtudes, algumas terão oportunidade de ver o Buda e outras não. Por esta razão, eu lhes digo: "Monges, é extremamente difícil conseguir ver o Buda". Ao ouvirem essas palavras, as pessoas compreenderão como é rara a oportunidade de ver um Buda. Em seus corações surgirão a vontade e o desejo ardente de contemplá-lo. Assim, elas o respeitarão e se esforçarão para acumular boas causas. Portanto, o Buda anuncia sua própria morte mesmo que na realidade isso não ocorra.

Homens de fé devota, todos os budas ensinam a Lei assim, através de meios. Eles agem para salvar as pessoas, de maneira que o fazem é verdadeiro, nunca falso.


Encontramos o Gohonzon devido a nossa profunda relação com o Buda.

Essa passagem explica o significado insubstituível e o valor supremo que adquire a vida de uma pessoa quando ela consegue estabelecer uma relação com o Buda. O budismo ensina a importância de uma pessoa retribuir aos débitos de gratidão para com seu mestre. O mestre literalmente canaliza cada dose de energia para treinar seus discípulos de forma a possibilitá-los a superar a arrogância e a dependência, e avançarem ao longo do nobre e correto caminho de "a fé equivale à vida diária". Essa passagem demonstra o imenso débito de gratidão dos discípulos para com o Buda.





Hi-nyo-ro-i. Ti-e-so-datsu. Myo-ren-ho-yaku. Zen-ji-shu-byo. Go-nin-ta-sho-shi-soku. Nyaku-ju-ni-ju. Nai shi-hyaku-shu. I-u-ji-en. On-shi.yo-koku.
Imaginem, por exemplo, que haja um médico sábio e habilidoso que sabe como preparar remédios para curar eficazmente todos os tipos de doenças. Ele tem muitos filhos, talvez dez, vinte ou até mesmo cem. O médico viaja para uma terra distante para tratar de um determinado assunto.


O Buda é o "Rei dos Médicos" que cura os sofrimentos fundamentais da vida".
As parábolas são expressões da benevolência do Buda. Este é o início da famosa parábola do médico habilidoso e seus filhos doentes, ou a "Parábola do Bom Médico".

No segundo capítulo do Sutra de Lótus, "meios", Sakyamuni disse: "tenho exposto meus ensinos utilizando várias histórias sobre relações causais, parábolas e inúmeros meios."Na verdade, as escrituras budistas estão repletas de parábolas, alegorias e metáforas. Para possibilitar às pessoas compreenderem seu profundo ensino e torná-lo amplamente acessível, o Buda explicou-o usando diversos exemplos e comparações brilhantemente concebidos.





Sho-shi-o-go. On-ta-doku-yaku. Yaku-hotsu-mon-ran. En-den-u-ji. Ze-ji-go-bu. Guen-rai-ki-ke. Sho-shi-on-doku. Waku-shitsu-hon-shin. Waku-fu-ken-sha. Yo-ken-go-bu. Kai-dai-kan-gui. Hai-ki-mon-jin. Zen-nan-non-ki. Ga-to-gu-ti. Go-buku-doku-yaku. Gan-ken-ku-ryo. Kyo-shi-ju-myo.

Na ausência do pai, os filhos bebem um certo tipo de veneno que os faz enlouquecerem de dor e contorcerem-se no chão.

Nesse momento, o pai retorna para casa e percebe que eles haviam tomado veneno. Alguns haviam perdido totalmente a razão, enquanto outros, não. Ao notarem que o pai havia retornado de tão longe, felizes, os filhos o abraçam implorando de joelhos: "Que bom que está aqui a salvo. Fomos estúpidos ao tomar veneno por engano! Suplicamos-lhe que nos cure e nos deixe continuar a viver!"


O Buda concede às pessoas a força para viver.
Nesse trecho, continuamos a estudar a Parábola do Bom Médico. Após o pai Ter partido, os filhos, em vez de beberem o remédio preparado por ele, tomam por engano uma poção de veneno preparada por uma outra pessoa. Mesmo em meio a uma dor extrema, as crianças regozijam-se ao ver que o pai havia voltado. O retorno dele deixou-os tranqüilos e confiantes. O médico representa o Buda, e seus filhos, as pessoas em geral. O veneno ingerido pelas crianças indica os ensinos errôneos que não foram expostos pelo Buda.




Bu-ken-shi-to. Ku-no-nyo-ze. E-sho-kyo-bo. Gu-ko-yaku-so. Shiki-ko-mi-mi. Kai-shitsu-gu-soku.To-shi-wa-go. Yo-shi-ryo-buku. Ni-sa-ze-gon. Shi-daí-ro-yaku. Shiki-ko-mi-mi. Kai-shitsu-gu-soku. Nyo-to-ka-buku. Soku-jo-ku-no. Mu-bu-shu-guen.
O pai, vendo seus filhos naquele sofrimento, começa a preparar várias prescrições. Colhe excelentes ervas medicinais que reúnem todas as qualidades de cor, fragrância e sabor. Ele então as mói, peneira e as mistura. Oferece uma dose para os filhos e lhes diz: "este é um remédio altamente benéfico que reúne todas as qualidades de cor, fragrância e sabor. Tomem-no e irão se sentir rapidamente aliviados de seus sofrimentos e livres de todos os males".

 A humanidade anseia pelo "remédio altamente benéfico" da Lei Mística.
Há algum pai que, ao ver seus filhos sofrendo, não tentaria aliviar a dor deles? O Buda, do mesmo modo, compartilha os sofrimentos de todas as pessoas como se fossem os dele próprio.
A verdadeira solidariedade consiste em aliviar os sofrimentos das pessoas e proporcionar-lhes alegria; e não apenas em sentir piedade ou condoer-se pelo sofrimento alheio. O Buda une-se às pessoas em todas as lutas e preocupações até que consiga realmente eliminar seus sofrimentos e conceder a verdadeira felicidade e paz de espírito.





Go-sho-shi-tyu. Fu-shi-shin-ja. Ken-shi-ro-yaku. Shiki-ko-gu-ko. Soku-bem-buku-shi. Byo-jin-jo-yu. Yo-shi-shin-ja. Ken-go-bu-rai. Sui-ya-kan-gui-mon-jin. Gu-shaku-ji-byo. Nen-yo-go-yaku. Ni-fu-ko-buku. Sho-i-sha-ga. Do-ke-jin-nyu.Shi-pon-shin-ko. O shi-ko-shiki-ko-yaku. Ni-i-fu-mi.
As crianças que ainda estavam com a mente sã compreendem que se trata de um remédio excelente tanto na cor como na fragrância; pelo fato de beberem-no rapidamente, conseguem se curar por completo da enfermidade. As que haviam perdido a razão alegram-se igualmente ao ver o pai regressar e suplicam-lhe que as cure, porém quando este lhes dá o remédio, recusam-se a tomá-lo. Por quê? Porque o veneno havia penetrado profundamente e a mente delas já não mais raciocinava como antes. Assim, embora o remédio tivesse excelente cor e fragrância, elas não percebem o bem que ele faz.


Utilizar a sabedoria do Buda para corrigir os desvios da sociedade. Todos querem ser felizes e viver bem com os outros. Ninguém deseja conviver com alguém em um ambiente de ódio e desprezo mútuos.
Na realidade, contudo, vemos pessoas que vivem exatamente nessas condições. Com freqüência, as pessoas rolam pela ladeira da desventura devido a erros de julgamento por preocuparem-se demasiadamente com assuntos triviais. Muitas entram em conflito ou iniciam disputas por questões que, de uma perspectiva mais ampla, são realmente insignificantes.
Apesar de, em seu íntimo, as pessoas buscarem desesperadamente a felicidade, nos momentos cruciais seguem justamente para a direção oposta. As crianças enfermas citadas nesse trecho representam os seres humanos tolos ou de mente distorcida, incapazes de fazer julgamentos corretos.
O Buda utiliza a luz da sabedoria para guiar a vida desvirtuada das pessoas para a direção correta, ou seja, para a felicidade. Essa é a lição que a Parábola do Bom Médico deixa a todos nós.




Bu-as-ze-nen. Shi-shi-ka-min. I-doku-sho-tyu. Shin-kai-tem-do. Sui-ken-ga-ki. Gu-sha-ku-ryo. Nyo-ze-ko-yaku. Ni-fu-ko-buku. Ga-kon-to-setsu-ho-bem. Ryo-buku-shi-yaku.Soku-as-ze-gon. Nyo-to-to-ti. Ga-kon-sui-ro. Shi-ji-i-shi. Ze-ko-ro-yaku. Kon-ru-zai-shi. Nyo-ka-shu-buku. Motsu-fu-sai.
O pai pensa: "Meus pobres filhos! O veneno ingerido afetou-lhes a mente por completo. Apesar de estarem felizes por me verem e pedirem que os cure, recusam-se a tomar este excelente remédio. Agora terei de recorrer a algum meio para que eles tomem o remédio." Assim sendo, ele diz para as crianças: "Ouçam meus filhos, estou ficando velho e fraco. A minha vida está chegando ao fim. Deixo aqui este excelente remédio para vocês. Devem tomá-lo sem se preocupar se fará efeito."


Ao ver que os filhos se negavam terminantemente a tomar o remédio, o pai pensa: "meus pobres filhos!" São palavras que comovem a alma e transmitem a profunda benevolência do Buda, que visa a guiar todos, sem exceção, à felicidade. Porém, o pai não os obriga a tomar o remédio.
As "distorções" que se ocultam nas profundezas do coração humano não se transformam por meios compulsivos. É importante que as pessoas tomem o remédio e o aceitem por vontade própria. Isso porque a "visão correta" para perceber a própria condição diretamente e sem distorções já existe nessa mesma ação.
O pai, movido pelo amor e preocupação por seus filhos, em seu desejo de que manifestem sua automotivação, em vez de obrigá-los, utiliza a sua sabedoria para fazer com que tomem o remédio por vontade própria.




As-ze-kyo-i. Bu-shi-ta-koku. Ken-shi-guen-go.Nyo-bu-i-shi. Ze-ji-sho-shi. Mon-bu-hai-so. Shin-dai-u-no. Ni-as-ze-nen. Nyaku-bu-zai-sha. Ji-min-ga-to.No-ken-ku-go. Kon-ja-sha-ga. On-so-ta-koku. Ji-yui-ko-ro. Mu-bu-ji-ko. Jo-e-hi-kan. Shin-zui-sho-go. Nai-ti-shi-yaku. Shiki-ko-mi-mi. Soku-shu-buku-shi. Doku-byo-kai-yu. Go-bu-mon-shi. Shi-ti-toku-sai. Jin-bem-rai-ki. Guen-shi-ken-shi.

Logo após ter dado essas instruções, ele parte rumo a outras terras, de onde envia um mensageiro para anunciar aos filhos: "Vosso pai faleceu". Nesse momento, os filhos, ao escutarem que o pai os havia abandonado e morrido, são tomados pela dor e consternação e pensam: "se nosso pai ainda estivesse vivo, teria piedade de nós e faria algo para nos salvar. Porém, ele nos abandonou e morreu em alguma terra distante. Agora somos órfãos desprotegidos e não temos ninguém em quem possamos confiar!"
Sentindo essa angústia constante, por fim recobram a razão e compreendem que o remédio de fato tem excelente cor, fragrância e sabor. As crianças tomam o remédio, sendo portanto curadas de todos os efeitos do veneno. O pai, ao saber da cura dos filhos, regressa imediatamente para casa e aparece diante deles uma vez mais.



Os Bodhisattvas da Terra são nobres emissários do Buda que conduzem as pessoas à felicidade. O Buda é o supremo líder de toda a humanidade, que se levantou resoluto pela felicidade eterna de todas as pessoas. "Como posso salvar as pessoas do sofrimento após a minha morte? Essa é a questão mais importante que confronta o Buda; nesse ponto encontra-se sua verdadeira missão.


Sho-zen-nan-shi. O-i-un-ga. Ha-u-nin-no. Se-shi-ro-i.Ko-mo-zai-fu. Ho-tya.Se-son. Butsu-gon. Ga-yaku-nyo-ze. Jo-butsu-i-rai. Mu-ryo-mu-hen. Hyaku-sen-man-noku. Na-yu-ta. A-so-gui-ko. I-shu-jo-ko.I-ho-ben-riki. Gon-to-metsu-do. Yaku-mu-u-no. Nyo-ho-setsu-ga. Ko-mo-ka-sha. Ni-ji-se-son. Yoku-ju-sem-shigui. Ni-setsu-gue-gon.

"Homens de fé devota, o que acham disso? Poderia alguém acusar este médico habilidoso de mentiroso?"
Não, Honorável."
Então o Buda disse: "O mesmo sucede comigo. Uma infinidade de centenas de milhares de nayuta e de asamkhya de kalpas decorreram desde que atingi o estado de Buda. Porém, pelo bem dos seres vivos, emprego o poder dos meios hábeis e digo que vou entrar em extinção. Entretanto, em vista das circunstâncias, ninguém pode acusar-me de mentiroso.

Nesse momento, o Buda, desejando enfatizar uma vez mais o seu ensino, começa a dizer em forma de versos poéticos...


Depois de concluir a Parábola do Bom Médico, Sakyamuni apresenta a seguinte questão a seus discípulos: "Poderia alguém acusar este médico habilidoso de mentiroso?
"Que acham disso?" ele pergunta. "Com certeza, não irão dizer que ele é um mentiroso, não é mesmo?"
Ele espera a concordância de seus discípulos e então declara: "O mesmo sucede comigo." E prossegue explicando qual o seu propósito mediante a analogia com o bom médico.
Esta é outra passagem que revela o relacionamento sincero que Sakyamuni mantinha com seus discípulos. Com certeza, não se tratava de um monólogo. Sakyamuni não foi um homem arbitrário nem dogmático. Na realidade, no mundo de hoje é muito difícil encontrar líderes dotados de tamanha magnanimidade como a dele.
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